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Síndrome de Down e a Terapia Ocupacional

“ O mais importante de tudo isso é ensinar a INCLUIR as crianças e todo mundo , pra acabar com o preconceito porque é crime “ 

A declaração, faz parte de um trecho de manifestação escrita por Débora Araújo Seabra, a primeira professora com síndrome de Down do Brasil e da América Latina, que há 20 anos se dedica à educação. 

Débora, que mora e trabalha em Natal, (RN) é um dos muitos exemplos de pessoas com SÍNDROME DE DOWN que se destaca em diversos setores da sociedade. Mesmo com limitações, essas pessoas especiais provam que a inclusão é fundamental para combater o preconceito. 

SÍNDROME DE DOWN O QUE É ? 

Tudo começa no útero materno. Os portadores dessa síndrome possuem três cromossomos 22, em todas ou, na maioria das células -trissomia do cromossomo 21. Indivíduos com a SINDROME DE DOWN apresentam 47 cromossomos em suas células e não 46, como a maioria da população.

Tem a condição caracterizada por algumas semelhanças, como a aparência física mas , cada pessoa é única em suas personalidades e características.  

A ATUAÇÃO PRECOCE DO TERAPEUTA OCUPACIONAL É FUNDAMENTAL 

A TERAPIA OCUPACIONAL exerce papel fundamental no tratamento de pessoas com essa síndrome, desde os primeiros meses de vida , ajudando no desenvolvimento, recuperação e manutenção das habilidades que elas precisam desempenhar, em suas atividades diárias, tais como: estimulação e aquisição de habilidades motoras  globais e finas, intelectuais e afetivas, desenvolvimento neuropsicomotor, habilidades funcionais, estímulo aos aspectos perceptivos e cognitivos, buscando sempre maior autonomia e independência em seu cotidiano.

No acompanhamento das  pessoas com SÍNDROME DE DOWN, é possível notar  que  apesar de alguns aspectos em comum, cada indivíduo vai apresentar um padrão distinto, muitas vezes associado ao universo em que se encontra. 

A ESTIMULAÇÃO DA CRIANÇA DE MANEIRA POSITIVA FUNCIONAL E A VIDA  ADULTA

Com as crianças em particular, o TO procura atuar na estimulação e aquisição de habilidades motoras finas e amplas, bem como as habilidades pessoais que favoreçam as atividades básicas da vida diária ( ABVD ) melhorando por exemplo, a capacidade de se alimentar usando uma colher , utilização do banheiro, entre outras questões relevantes do auto cuidado .

O TERAPEUTA OCUPACIONAL também estimula as habilidades efetivas e intelectuais relacionadas com as atividades instrumentais da vida diária (AIVD), por meio de jogos específicos, promovendo a interação da criança com o meio em que vive, ajudando na relação com a família e na adaptação do ambiente . É um profissional especialista em intermediar e facilitar o convívio. 

Estudos comprovam que a estimulação realizada pela TERAPIA OCUPACIONAL, nos primeiros anos de vida, é determinante para o desenvolvimento de quem tem a síndrome, possibilitando em diversos aspectos, na juventude e idade adulta, maior participação e convívio social . Isso, por  conta das  habilidades desenvolvidas, tornando o indivíduo capaz de ser incluído na maioria das atividades. 

O QUE QUER DIZER INCLUSÃO ? 

A pergunta é o tema de discussão que marca o DIA INTERNACIONAL DA SÍNDROME DE DOWN , comemorado em 21 de março e reconhecido pela ONU. A data, criada pela DOWN SYNDROME INTERNATIONAL, representa a singularidade da triplicação (trissomia) do cromossomo 21 (21/3), serve para celebrar a vida das pessoas com SD e  garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades. 

Um dos artigos da Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência, garante que “todos têm direito a oportunidades iguais de ocupação profissional “ Muitos países, assim como o Brasil, contam com uma legislação que favorece a inclusão no mercado de trabalho desse grupo , seja através de cotas ou de subsídios para as empresas contratantes.

Mas a realidade é que as pessoas com SÍNDROME DE DOWN  e deficiências cognitivas hoje não se beneficiam de uma participação e inclusão plena e efetiva na sociedade. Seja por falta de políticas publicas , promoção dos direitos ou entendimento de quem contrata sobre a importância dessa inserção. 

Familiares de pessoas com SD afirmam que eles tem a qualidade de vida  potencializada por meio de uma ocupação profissional, se socializam melhor e resgatam a auto estima.

Como mencionamos no início desse artigo, há muitos exemplos de adultos com SD  inseridos na sociedade que se destacam profissionalmente. E há também ,  programas e instituições que investem na integração  dessas pessoas.

Por isso , terminamos esse texto compartilhando um exemplo de inclusão:  Seis jovens com  deficiência cognitiva  começaram a trabalhar esse ano, no Tribunal de Justiça de Goiás como estagiários. Eles receberam o crachá de funcionários como se fosse um troféu e junto com a família,  comemoraram a iniciativa . Clique sobre a imagem e assita a reportagem da TV Record Goiás

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