Terapia ocupacional e reabilitação neurocognitiva
Lesões neurológicas em maior ou menor grau resultam em consequências bastante graves aos movimentos dos pacientes que podem apresentar alterações motoras e cognitivas como déficit de atenção, fraqueza muscular, alterações de equilíbrio e desequilíbrios musculares, acarretando então em mudanças posturais e de movimento.
Se uma pessoa sofre um AVC, por exemplo, é comum que sua recuperação envolva exercícios para estimular, fortalecer e alongar os músculos.
Mas para que a reabilitação seja efetiva, é preciso reeducar o próprio cérebro, ou seja, ativar as áreas cognitivas relacionadas a cada músculo, visando maximizar o desempenho ocupacional, ampliando a capacidade para realização de atividades diárias de forma segura e independente
Nesse sentido, a Terapia Ocupacional é fundamental e contribui para melhorar as funções do indivíduo de forma globalizada.
Trabalhando junto à uma equipe multidisciplinar, o TO pode atuar em vários contextos institucionais hospitalares e de forma domiciliar atende diferentes públicos, como adultos e crianças com atrasos em seu desenvolvimento neuropsicomotor, paralisia cerebral, autismo, síndromes genéticas, como Síndrome de Down, entre tantos outros eventos tratáveis por meio da reabilitação especializada.
A Terapia Ocupacional e o estímulo cerebral
Por meio de técnicas apropriadas o terapeuta ocupacional estimula a relação com a memória do paciente a respeito de seus movimentos – que hoje estão afetados, mas um dia foram tão naturais quanto o ato de respirar. Por isso, o TO se ocupa do processo de reaprendizagem dos movimentos, de forma a reativar funções cognitivas – graças à plasticidade cerebral.
As ações se baseiam no método criado pelo neurologista e psiquiatra italiano Carlo Cesare Perfetti nos anos 1970, que tem como objetivo corrigir e melhorar os movimentos de paciente de forma personalizada.
Segundo o doutor Perfetti a reabilitação neurocognitiva considera o corpo e a mente como entes inseparáveis e reconstrói essa relação por meio de exercícios e da linguagem , quando o paciente exprime sua realidade e o terapeuta o guia para redescobrir formas de se movimentar.
A Terapia Ocupacional visa a autonomia dos pacientes
O terapeuta ocupacional trabalha adequando habilidades do paciente às limitações momentâneas ou permanentes, criando novas formas para promover maior autonomia e independência possíveis.
Avaliar o contexto em que se encontra o indivíduo é um dos primeiros passos para entender quais as necessidades e objetivos do tratamento, adaptando o ambiente ou modificando o modo de fazer uma atividade, para que o paciente consiga realizá-la de maneira fácil e eficiente, chegando ao resultado esperado.
A Terapia Ocupacional não trata a condição do indivíduo de modo isolado, mas sim, de forma integrada à vida, buscando a conquista de sua autonomia e habilidades por meio de atividades do dia a dia.
Desse modo, o trabalho da terapia será evidenciado no cotidiano do paciente.
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Referências : bvsms.saude.gov.br/ | abcdasaude.com.br/ | institutoavencer.org.br/ | crefito4.org.br/a