A prevenção de quedas pode salvar a vida da pessoa idosa
No início da vida, é muito comum as crianças caírem, especialmente quando estão aprendendo a andar. Da mesma forma, ao se tornar uma pessoa idosa, as quedas voltam a ocorrer com mais frequência, mas nesse caso, podem trazer consequências graves, incluindo fraturas, internações, redução da independência, depressão e até morte.
Dados do Ministério da Saúde apontam que as quedas são a terceira causa de mortalidade entre pessoas com mais de 65 anos e 70% delas acontecem dentro de casa. O assunto ganha destaque na mídia todos os anos, em 24 de junho, no Dia Mundial de Prevenção de Quedas.
Para a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a queda é definida como o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais, comprometendo a estabilidade. Segundo os especialistas não é necessário o impacto contra o solo ou contra qualquer outra superfície para que a queda se configure. Esta definição para os terapeutas ocupacionais, amplia o olhar profissional para a detecção e abordagem dos riscos de queda e as possibilidades de prevenção, ajudando o idoso, que já caiu alguma vez, a superar o medo. Inclusive, de se locomover, caso seja possível.
Como a Terapia Ocupacional pode ajudar a prevenir quedas ?
Os terapeutas ocupacionais não atuam na prevenção de quedas abordando somente os fatores ambientais, como barreiras arquitetônicas, a presença de tapetes ou superfícies escorregadias, mas também, nas condições relacionadas ao processo natural do envelhecimento, nas questões comportamentais, funcionais, e de mobilidade, por exemplo.
Seguindo protocolos específicos, as intervenções do terapeuta ocupacional, têm início a partir de avaliações sobre os fatores de risco que envolvem a pessoa idosa, suas particularidades e o contexto em que se encontra. O objetivo é promover a saúde e a qualidade de vida nas atividades cotidianas, conscientizando o indivíduo sobre os riscos e perigos que podem estar até num sapato que fica solto nos pés, nos chinelos ou naqueles calçados com solado gasto, que não aderem ao chão.
Intervenções do Terapeuta Ocupacional no ambiente domicilar
Sendo a perda de equilíbrio comum em idosos, para evitar quedas que ocorrem principalmente no banheiro da casa, são necessários cuidados básicos com o piso que deve estar sempre seco, o uso de tapetes emborrachados ou tiras adesivas antiderrapantes no box e, em alguns casos, bancos ou cadeiras, para que a pessoa idosa possa se sentar e lavar pernas e pés, economizando energia física durante o banho. Saboneteiras, toalheiros e armários, onde são guardados itens pessoais, precisam estar em uma altura apropriada, de fácil alcance. É primordial instalar barras de apoio ao lado do vaso sanitário e na área do chuveiro.
Além de adaptar a casa para a nova realidade de quem mora nela, é preciso ajudar o idoso a lidar com a situação. A terapia ocupacional consegue melhorar as reações de proteção do indivíduo, com exercícios específicos e simulação de atividades próprias do cotidiano, reduzindo assim as chances de acidentes.
No ambiente hospitalar ou institucional
Como protocolos específicos o terapeuta ocupacional, junto a uma equipe multidisciplinar, pode intervir com sua capacidade técnica durante o período de internação ou na permanência do idoso em um hospital ou casa de repouso, avaliando riscos e promovendo a segurança.
No sentido geral as intervenções da terapia ocupacional visam a recuperação e restauração das habilidades do indivíduo como um todo, buscando sua autonomia e independência. E nesse processo a participação da família e/ou cuidadores , com atenção e doação de afeto, se tornam fundamentais.
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Referências : sbgg.org.br/ | bvsalud.org/ | crefito3.org.br/ | revistascientificas.ifrj.edu.br/ | agenciabrasil.ebc.com.br/ | rsdjournal.org/index.php/rsd/article/