Por que a intervenção precoce é importante ?
Tratar de forma precoce os transtornos neurológicos e mentais que acometem principalmente recém-nascidos e crianças é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), significando uma importante oportunidade de melhoria nas condições de desenvolvimento destes indivíduos. Quando esse acompanhamento não é realizado ou interrompido pode trazer consequências diversas pois quanto mais cedo a regulação dos sintomas e a estimulação de aprendizados se inicia, mais conquistas são possíveis a curto, médio e longo prazo.
Tomando como exemplo crianças com (TEA) – Transtorno do Espectro Autista – há comprovação científica de que, quando a intervenção é iniciada logo nos primeiros anos de vida ou pouco tempo após ser feito o diagnóstico, os ganhos ao nível do desenvolvimento são infinitamente maiores e a probabilidade de manifestar outros problemas, menores.
Pesquisas recentes demonstram que quando os tratamentos para o autismo se iniciam em crianças de 3 anos, a melhora chega a ser de 80%. O mesmo estudo comparou os resultados de pacientes que são acompanhados por especialistas com idade inferior, e que apresentaram percentual de melhora que chega a alcançar 90%. É necessário que esse acompanhamento seja feito de forma multidisciplinar com especialistas que atuarão precocemente. Nesse sentido, o terapeuta ocupacional, tem participação importante e significativa.
Atuação do Terapeuta Ocupacional
O diferencial desse profissional é seu olhar amplo sobre as limitações existentes ou as sequelas que comprometem o desenvolvimento do indivíduo. Com seu conhecimento específico o (TO) trabalha com a saúde global da criança, dando importância às habilidades e necessidades físicas, emocionais, sensoriais e cognitivas, considerando a individualidade e o ambiente em que o indivíduo se encontra.
Já ressaltamos aqui no blog, a melhora do aspecto social no caso do acompanhamento contínuo de pessoas acometidas pelo (TEA), durante a infância e juventude e até a vida adulta. As intervenções realizadas pelo (TO), que envolvem a família, servem de grande suporte para redução dos impactos característicos do transtorno, principalmente nas fases escolar e profissional, para que o indivíduo se sinta inserido na sociedade.
Inclusão comprometida
Centenas de famílias de pessoas autistas estão preocupadas com medo de perderem terapias de apoio e o tratamento de seus filhos, após decisão recente do Superior Tribunal de Justiça que isenta os planos de saúde de cobrirem procedimentos que não estão na lista da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar – e que possui várias limitações.
Profissionais da área da saúde e conselhos estaduais e federais têm se posicionado de forma contrária a essa decisão que pode comprometer o tratamento de muitos pacientes. É o caso de uma criança de 8 anos, que mora em Florianópolis (SC) com (TEA) nível 2, que segundo a mãe, já sofreu com intensidade ainda maior. Ela acredita que o tratamento do filho, que recebe atendimento desde os dois anos de idade, vem obtendo sucesso graças às sessões de terapia ocupacional, que agora podem ficar de fora da cobertura dos planos de saúde. ( Veja reportagem completa sobre este e outros casos nos links abaixo )
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Referências : coffito.gov.br/nsite/ | crefito3.org.br/dsn/ | bvsms.saude.gov.br/