Como o Terapeuta Ocupacional atua junto ao paciente com sequelas de Covid 19?
Uma série de estudos divulgados nos últimos meses indica que aumentou o número de pessoas que tiveram Covid 19 e ainda apresentam sintomas relacionados à doença, sendo a fadiga, caracterizada pelo cansaço extremo, a sequela mais comum. Os pacientes reclamam de muita fraqueza nas pernas, levam meses para se recuperar, e, frequentemente, apresentam tosse seca, que pode evoluir para o estado crônico, com fôlego curto, dificuldade para se locomover, subir escadas, entre outras atividades.
Há também relatos de problemas de raciocínio, névoa cerebral, dor de cabeça, tonturas, entre outras questões cognitivas e motoras.
Pesquisa do hospital Mount Sinai, de Nova York, analisou 150 pessoas e registrou que a duração da chamada “Covid longa” comumente ultrapassa um ano, o que traz inúmeros empecilhos à vida profissional e familiar dos pacientes.
Os sintomas, continuamente resultavam em efeitos negativos significativos à medida que os pacientes tentavam retornar às atividades diárias normais, como o trabalho.
A maioria dos pesquisados necessitou de fisioterapia, terapia ocupacional ou reabilitação cerebral para lidar com o comprometimento cognitivo percebido.
Atuação do Terapeuta Ocupacional
Nesse processo, o terapeuta ocupacional presta um serviço muito importante, ligado à recuperação da capacidade do indivíduo de realizar as tarefas do cotidiano, com foco na ampliação e estimulação da habilidade funcional residual.
É feita a avaliação individual com a aplicação de terapias específicas na observação do desempenho das AVDs e (AIVDs) implementando um plano terapêutico personalizado e focado na superação das necessidades.
Aspectos funcionais analisados:
– De independência e padrão de execução de atividades, avaliação da sensibilidade (superficial, profunda e cortical);
– De avaliação motora (coordenação motora e força (muscular);
– Do ambiente (identificação de barreiras ou facilitadores) ;
– Necessidade de recursos de tecnologia assistiva (De Carlo et al, 2020).
O trabalho do TO na prática
O tratamento sugere a realização de adaptações à execução das tarefas diárias como diminuição do esforço empregado na execução das mesmas, treinando a higiene pessoal, a alimentação e comunicação, quando houver necessidade. São realizadas atividades significativas e de autorregulação da ansiedade, estresse com a estimulação multisensorial e ajustes de rotina individual e familiar, que melhoram os aspectos físicos e emocionais principalmente entre os idosos.
A vacinação ajuda a amenizar as sequelas ?
De acordo com especialistas, acredita-se que o sistema imunológico desempenhe um papel significativo no desenvolvimento da chamada “ Covid longa “provavelmente, como resultado de uma resposta imune super-reativa.
Uma das formas mais eficazes de evitar a persistência dos sintomas, que afetam a rotina do paciente é a vacinação. Revisões de estudos têm mostrado que as pessoas vacinadas, que contraíram Covid 19, são menos propensas a desenvolver a forma longa se tiverem recebido uma ou duas doses do imunizante, em comparação com indivíduos não vacinados.
#sequelas #covid19 #covidlonga #terapiaocupacional #fadiga #fadigacronica #terapeutaocupacional #cerebral #cognitivo #problemacognitivo #saude #idosos #vacina
Referências : coffito.gov.br/ | Livro : Terapia Ocupacional e Síndrome da Fadiga da Fadiga | Crônica – Autor : Daniel L. Cox | bvsalud.org/ | revistas.usp.br/rmrp/article/ | uol.com.br/viva bem/sequelas.covid/