Trago aqui alguns trechos de um importante artigo nacional sobre Terapia Ocupacional em Saúde Mental, publicado em 2013 por Silva e Araújo, na revista Baiana de Terapia Ocupacional:
A saúde mental sofreu mudanças no decorrer de toda sua história, de acordo com as necessidades e transformações do mundo e do processo de tratamento de doenças, como fator presente na vida do ser humano.
No Brasil, após algumas influências de serviços de saúde mental na Europa e da reforma psiquiátrica do país, o Ministério da Saúde cria leis que passam a interpretar a doença mental como um problema de saúde pública, possibilitando assim, atenção adequada.
O processo de mudança social e que levou os cuidados com a saúde mental ter novos rumos incentivou o Sistema Único de Saúde a identificar a necessidade do profissional no contexto de reabilitação proposto, levando-os a modificar também as suas práticas, tornando-as voltadas a autonomia e participação social dos usuários dos serviços oferecidos, partindo do princípio de que a reabilitação psicossocial está vinculada.
Assim como a saúde mental sofreu grandes transformações durante seu curso, a Terapia Ocupacional também mostra que evoluiu na sua forma de cuidar. A Terapia Ocupacional colabora com a reabilitação funcional do usuário dos serviços de saúde mental, além de trabalhar aspectos subjetivos da individualidade humana.
Como houve maior valorização da atividade humana e do trabalho na própria saúde mental e inserção social das pessoas, foi deixada para trás a ideia de ocupar por ocupar, presente nos primeiros hospitais psiquiátricos.
A essência da Terapia Ocupacional está diretamente ligada à atividade Humana com o objetivo de dar ao indivíduo uma estruturação/reestruturação do seu cotidiano e sua autonomia, gerando assim, qualidade de vida.
Tais perspectivas estão diretamente ligadas às ações e objetivos da saúde no mundo atual, ou seja, a constante busca da qualidade de vida.
Essa qualidade de vida só é possível com a união das várias de redes de serviços existente e dos mais variados profissionais que podem estar envolvidos nesse processo.
O trabalho em equipe é essencial, e cabe ao profissional da Terapia Ocupacional pontuar o seu conhecimento sobre a atividade humana, contribuindo para alcançar os objetivos no curso da reabilitação psicossocial e da atenção básica.
Leia na íntegra em: http://www.bahiana.edu.br/revista
Terapia Ocupacional em Saúde Mental: evidências baseadas nas portarias do SUS
Revista Baiana de Terapia Ocupacional. 2013 maio;2(1):41-52